Lexus NX 450h+ plug-in vai mais longe e tem desempenho de esportivo

Em 2023, a Lexus prometeu que os anos seguintes seriam dedicados à sua retomada no Brasil – e ela parece realmente trabalhar para isso. Após apresentar os novos RX híbrido convencional e plug-in, e promover atualizações no UX, agora a divisão de luxo da Toyota lança por aqui o NX 450h+.
A inédita versão híbrida plug-in promete reforçar as vendas do carro mais vendido da Lexus no Brasil, que representou 49% das unidades emplacadas pela marca em 2024. O modelo estreia em configuração única por R$ 457.990 e conviverá com as versões 350h, que vão de R$ 385.990 (Dynamic) a R$ 447.990 (F-Sport).
A grande novidade do NX 450h+ está no conjunto mais potente e eficiente (o mesmo do irmão maior, RX, de R$ 580.990), já que há uma nova (e maior) bateria para alimentar os motores elétricos.
Na prática, são três motores: um 2.5 de quatro cilindros a gasolina de 187 cv e 23,6 kgfm; um elétrico dianteiro de 182 cv e 27 kgfm; e, por fim, outro motor elétrico, traseiro, de 54 cv e 12,1 kgfm. A potência combinada é de 308 cv, mas não há divulgação do torque total. Como comparação, as versões 350h têm os mesmos três motores, porém com números e entregas diferentes, que chegam aos 246 cv combinados.
Lexus NX 450h+ (Fernando Pires/Quatro Rodas)
A tração é integral e o câmbio é um ECVT, cujo funcionamento é o de um CVT convencional, com relações contínuas, mas acionamento elétrico. Não há conexões mecânicas da alavanca para o câmbio, mas apenas eletrônicas, via cabo – tecnologia batizada de shift-by-wire.
Por fim, ele passa a ter uma nova bateria de 18,1 kWh, contra a de 1,6 kWh utilizada nas versões 350h. Isso permite que o SUV tenha maior autonomia elétrica, que, segundo a marca, é de 55 km. Mas há um escorregão: só existe a possibilidade de recarga lenta da bateria, a até 6,6 kW, situação na qual a Lexus aponta um tempo de 2h45 para carga completa. De série, o NX 450h+ acompanha um carregador portátil e um wallbox.
Para a condução, o SUV pode assumir diferentes facetas. Além dos modos Eco, Normal e Sport, e um botão à parte para o fora de estrada, há ainda os que alteram a dinâmica dos motores, como o EV (no qual ele utiliza apenas os motores elétricos) e o HEV (que pode usar os três motores, a depender da demanda). Neste último, o modelo chegou às médias de 15,2 km/l na cidade e 14 km/l na estrada, em nossos testes.
Números que não impressionam, mas que podem ser bem melhores caso o modelo rode em trajetos curtos no dia a dia, utilizando mais os motores elétricos. Por fim, existe o modo Charge, que usa o motor a combustão como um gerador para recarregar a bateria – o que aumenta o consumo e reduz a entrega de desempenho deste motor, que ainda se torna mais ruidoso.
Da teoria para a prática, o NX 450h+ é o tipo de carro que não se cansa de dirigir, seja em trechos urbanos ou em longas viagens. O SUV tem funcionamento suave e silencioso, é ágil em qualquer situação graças ao bom torque instantâneo dos motores elétricos, e garante boa estabilidade em razão da suspensão de acerto mais firme, que, apesar disso, preserva o conforto.
Forma e função
Enquanto o mercado tende a utilizar artifícios tecnológicos que dificultam o dia a dia (como funções básicas de faróis, retrovisores e porta-malas na multimídia), a Lexus promete tecnologia de forma intuitiva, e cumpre. O modelo tem boa ergonomia com comandos nos locais certos, sejam eles físicos ou digitais, como é o caso da climatização, que tem uma área exclusiva na grande tela de 14”.
Mesmo a alavanca de câmbio, que demanda movimentos diferentes para os lados, e as maçanetas, que são elétricas, não exigem aprendizados – as maçanetas, porém, às vezes são menos rápidas do que as mecânicas comuns. O quadro de instrumentos de 9,8” é simples na aparência, mas mostra as informações necessárias e tem boa qualidade de imagem.
Já o carregador de celular por indução guarda um segredo: é possível empurrá-lo para dentro do painel, revelando um porta-objetos secreto. Com este gancho, é elogiável o nível de cuidado com os porta-objetos do SUV: todos são revestidos com uma espécie de carmurça para evitar barulho, não riscar o material e nem danificar os objetos ali guardados.
Fonte: Quatro Rodas