Volkswagen Tarok: o que já sabemos sobre a nova picape

Não é de hoje que se fala em Volkswagen Tarok. A fabricante alemã apresentou o conceito no Salão do Automóvel de 2018, construído em estrutura monobloco e plataforma MQB (a mesma de Golf e Tiguan).
Uma arquitetura sofisticada que, com certeza, a faria competir com a Fiat Toro e até Ford Maverick atualmente. Mas o plano não foi para frente — e aquela que seria a resposta perfeita para a picape da Fiat, ficou em stand by.
Uma arquitetura sofisticada que, com certeza, a faria competir com a Fiat Toro e até Ford Maverick atualmente. Mas o plano não foi para frente — e aquela que seria a resposta perfeita para a picape da Fiat, ficou em stand by.
A boa notícia é que cinco anos depois ela está no forno. A Autoesporte contou na última semana que o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC) confirmou que a Volkswagen fabricará uma nova picape no Brasil.
Dentro da fábrica ela é conhecida como projeto VW247 ou Udara, segundo fontes ligadas à fabricante. No entanto, o nome de batismo da picape deve realmente ser Tarok.
Ela ficará posicionada abaixo da Amarok e acima da Saveiro, e será produzida em São José dos Pinhais (PR), mesmo local onde é fabricado o VW T-Cross. O produto faz parte do investimento de R$ 5,2 bilhões que a montadora fará no Brasil até 2028.

Tarok com plataforma MQB em 2018 — Foto: Divulgação
A grande diferença do conceito lá de 2018 para o que a engenharia está trabalhando atualmente é a robustez do projeto. A picape será produzida agora sobre a plataforma MQB A0, que é uma simplificação daquela usada pelo protótipo apresentado no Salão.
É a mesma estrutura de Polo, Virtus, T-Cross e Nivus atuais. Ou seja, a fabricante pretende reduzir o custo do projeto para que a picape tenha um preço mais competitivo, mesma ideia da Chevrolet com a Montana.
Vale ressaltar, inclusive, que a relação de T-Cross e Tarok deve ser semelhante à de Tracker e Montana. Além de compartilhar plataforma, o novo modelo da Volkswagen deve pegar motor, agregados e outras partes mecânicas, como de freios e de suspensão, com o SUV.
A expectativa é que ela tenha freios a discos nas quatro rodas, sendo os dianteiros ventilados e os traseiros, sólidos. E que o eixo traseiro não tenha suspensão independente como o da Toro, mas sim um conjunto mais simples e por eixo de torção como o da Montana.
Suas dimensões também devem ser próximas às da picape da Chevrolet. Atualmente, a Montana tem 4,71 metros de comprimento, 2,80 m de entre-eixos, 1,80 m de largura e 1,65 m de altura.
A motorização ainda é uma incógnita. Afinal, o próprio Sindicato dos Metalúrgicos de São Carlos e Ibaté confirmou que o motor 1.4 TSI está com os dias contados no Brasil. Ele deve deixar de ser oferecido próximo a 2027, que é quando a Volkswagen lançará seus primeiros híbridos por aqui.
Nesse caso, o 1.4 TSI será sucedido pelo 1.5 TSI Evo2 já vendido na Europa e que rende os mesmos 150 cv de potência e 25,5 kgfm de torque, só que aqui ele será um híbrido flex. A diferença é que ele opera em ciclo Miller (como já explicamos neste outro artigo), é compatível com Euro 7 em regras de emissões e também com sistemas elétricos para ser um híbrido plug-in de até 272 cv.
Como a picape deve ser lançada entre o fim de 2025 e começo de 2026, a dúvida fica sobre o uso do motor 1.4. Será que a fabricante se arriscará em usar o motor 1.4 TSI que está com os dias contados ou haverá uma construção mais acelerada do 1.5 TSI Evo2 com um sistema híbrido leve? O tempo dirá.
O 1.0 TSI com a calibração 200 TSI, mesma do T-Cross, também é uma opção. Mas o motor que rende até 128 cv de potência e 20,4 kgfm de torque parece fraco para a proposta. Tudo bem que a Montana usa um 1.2 turbo flex de números próximos, rendendo até 133 cv e 21,4 kgfm. Porém os pistões aqui têm mais curso para trabalhar.
T-Cross já foi apresentado na Europa e deve chegar ao Brasil com esse visual no ano que vem — Foto: Divulgação
O visual deve ser inspirado no T-Cross, mas não o atual e sim o com facelift, que já foi apresentado na Europa e que deve chegar ao Brasil no próximo ano. Faróis de LED e lanternas com guias de LED são boas pedidas.
As lanternas devem ser verticais como manda o figurino das picapes. E a Volkswagen deve aplicar uma boa altura do solo para ter bons ângulos de ataque, saída e transposição de rampa. As rodas devem ser calçadas com pneus de flancos grandes para ajudar no conforto interno.
Por dentro, a Tarok deve oferecer painel de instrumentos Active Info Display de 10,25 polegadas, a multimídia VW Play de 10,1 polegadas com conexão de Android Auto e Apple Carplay sem fio, ar-condicionado Climatronic Touch (quem sabe com saída de ar para a segunda fileira de assentos) e um acabamento mais refinado.
A Volkswagen tentou aprimorar o revestimento de seus últimos lançamentos. Virtus Exclusive, Polo GTS e Nivus Highline 2024 ganharam uma faixa de couro sintético no painel para o plástico rígido não ficar exposto. A expectativa é que a Tarok tenha uma solução como essa ou algo mais rebuscado, já que é um produto de ticket médio mais elevado.
Fonte: Auto Esporte









