Honda e GM fecham parceria histórica e farão novos carros juntas

General Motors e Honda anunciaram uma inesperada (e ampla) parceria para o desenvolvimento de novas tecnologias. Por enquanto, a “parceria estratégica”, como as marcas chamam, será focada nos mercados de Estados Unidos, Canadá e México. E, ao que tudo indica, a parceria será um bocado extensa.

Isso porque, em comunicado, a GM já confirmou que as marcas irão desenvolver juntas plataformas, motores a combustão e conjuntos híbridos. As engenharias das duas marcas começarão a trabalhar lado a lado já no início de 2021.

A união não formará uma nova marca, com os novos produtos sendo vendidos separadamente por GM e Honda. Ainda assim, isso pode significar que as próximas gerações de Chevrolet Equinox e Honda CR-V compartilhem plataformas e sistemas, por exemplo. Ou que a Honda finalmente tenha uma picape média “convencional” para brigar no mercado americano.

As duas já tinham assinado um acordo em abril, onde a Honda passaria a usar a plataforma de elétricos desenvolvida pela GM. Embora a Honda tenha muita experiência com modelos elétricos e híbridos, só agora a marca japonesa lançou seu elétrico de maior volume, o (caro) Honda e.

Outra parceria, do início dos anos 2000, já unia GM e Honda nos trabalhos com células de combustível e no desenvolvimento de sistemas autônomos.


Imagem oficial revelada após parceria General Motors/Divulgação

Questão de custos

Além da reunião das equipes dos dois lados para a criação de produtos melhores, a nova parceria também tem como objetivo aumentar a economia de escala das duas fabricantes.

Unificando compras, pesquisa e desenvolvimento, as duas conseguirão reduzir custos e redirecionar recursos para a criação de novas tecnologias.

Um dos primeiros passos será a integração dos sistemas de segurança e monitoramento do OnStar em modelos da Honda. As funcionalidades serão acessadas pelo sistema HondaLink.

Por enquanto, os novos produtos da união serão destinados ao mercado norte-americano. Ainda não há previsão para que a colaboração se estenda a outros mercados.

Fonte: Quatro Rodas